terça-feira, 30 de março de 2010

Pátria Amada Brasil


Cristiano era um rapaz diferente dos garotos de sua idade. Era um jovem de classe média alta, estudante de medicina em uma renomada universidade pública de sua cidade. Era o sonho de seu falecido pai que seu querido filho fosse médico. Sua mãe havia morrido logo após o parto, deixando toda a responsabilidade ao amado marido e pai de primeira viagem.


Bruno havia conhecido Lúcia nos tempos de colégio. Foi amor à primeira vista, sabiam que tinham sido feitos um para o outro, e no término da faculdade o "eu vos declaro marido e mulher" foi ouvido, enfim.

A vida do casal era muito tranquila, e o sonho do primogênito foi concretizado após 5 anos de casamento.

Nascia Cristiano e com ele juntava-se à amargura do pai com a esperança de realizar um sonho.

Bruno queria ter sido médico, mas seu pai havia obrigado-o a cursar direito. Sentia uma certa infelicidade, mas com a chegada de Cristiano tudo seria diferente.


Criado somente pelo pai, Cristiano acatou com o desejo de seu tutor e ingressou na tão concorrida faculdade de medicina (mesmo sendo contra sua vontade).

Sim, ele não queria ajudar as pessoas, pelo menos não dessa maneira, de ter nas mãos a responsabilidade da vida de outro ser humano.

Ele queria mesmo era fazer a diferença e se possível transformar o mundo... e motivado por isso, Cristiano largou a faculdade no penúltimo ano, já fazendo residência.

Ah, se seu pai soubesse que ele havia feito isso, quanto desgosto!!

Mas agora Cristiano era livre para fazer o que bem entendesse, o mundo era seu e ele era do mundo.


Sua alma clamava por um desejo de revolução. Cristiano tinha muitos sonhos...já tinha pensado em ser jogador de futebol, astronauta, piloto de fórmula 1, policial...enfim, coisas de garoto.

Agora o tempo havia passado e como não havia máquina de voltar no tempo a única solução seria pensar no futuro próximo. Foi quando decidiu que queria ser político.

Presidente do Brasil, quanta audácia e pretensão ex-futuro doutor!

Não havia mais limites, a não ser os que sua própria consciência lhe impunha, e foi assim que ele começou a sua jornada.


Antes de ingressar em uma faculdade para ter a base fundamental-teórica, Cristiano optou por conhecer o povo brasileiro. Queria entender como a sociedade brasileira pensava, como agia e o que a motivava a eleger governantes que só prometiam mas nada cumpriam.


Viajou pelo País afora e conheceu cada cultura, costume e religião.

Aprendeu a ser um líder carismático como todos àqueles que conquistaram o coração dos brasileiros.

Como Chico Mendes entendeu a importância da floresta Amazônica e por ela quis morrer; delirando sobre o sol escaldante do sertão nordestino "beijou" Maria Bonita e entregou seu coração; sob a proteção do Cristo Redentor prometeu que seria o salvador desse povo sofrido e cheio de miséria, mas que ainda assim mantém o brilho no olhar com esperança no dia de amanhã; em meio aos pampas gaúchos sentiu inveja de não ter feito parte da revolução farroupilha; por fim quis ser como Lúcio Costa e controlar o nascer do sol por entre os edifícios do palácio do planalto.


Assim Cristiano foi vivendo, permeando-se cordialmente por entre as raízes do povo brasileiro, encorajando todos aqueles que, clementes e suplicantes, esperam ser reconhecidos como verdadeiros "filhos deste solo és mãe gentil, Pátria Amada, Brasil!"

Um comentário:

André M. Oliveira disse...

Olha só... Stéf virando uma contista mesmo ein!
Bom texto, parabéns!