domingo, 31 de janeiro de 2010
Re.: Lembrando.
Não venha me dizer que os animais são irracionais. Irracional é tal afirmação. Se a vida não-humana em si é irracional, os animais não teriam motivos para sobreviver. Eles sobrevivem, vivem e se protegem por serem altamente racionais. Animais não se suicidam. Não voluntariamente. Na verdade, é bem sabido que o prefácio do suicídio é a emoção. A emoção é o que questiona os princípios racionalistas. A emoção é, simplesmente, o que torna os humanos mais humanos. O que, a meu ver, realmente nos difere das demais espécies vivas.
O script da natureza, em sua totalidade, não é baseado na emocionalidade. Tudo ocorre de maneira simétrica, perfeita e precisa. A emoção é justamente o contrário - como aprendemos por experência e estudo - assimétrica, imperfeita e imprecisa. E esta sim é a característica que difere a raça humana, o homo-sapiens (sapiens) dos demais seres vivos existentes ou "existidos".
Enfim, o meu ponto é. Não deixe a razão prevalecer em sua vida. Você é humano, este é o grande erro. E você é imperfeito, não tente ser o contrário. Viva suas emoções, abuse delas, alimente-se delas. Torne-se único, ímpar. As grandes descobertas decorrentes da "razão" (renascentistas caloteiros) foram, sem dúvidas, banhadas em emoção. Até porquê, quando estamos perto do fim de uma busca, banhamo-nos em emoções.
Você é humano, a razão, atualmente, é o que te faz ser aceito pelos outros humanos. Emoção é o que lhe causa prazer, momentos e lapsos de real sede de viver. Não seja hipócrita em dizer que a razão pode proporcionar-lhe prazer, satisfação e orgulho. É altamente superficial. O que aprofunda os sentimentos, causa a sensação de força, liberdade, e o que realmente nos faz chegar perto do real prazer é a simples e pura emoção.
Não sei se estou realmente sendo coerente neste texto, mas hoje, só parei e pensei: "Puxa! Estou me tornando um chato, frio e cauculista... racional! Me sinto um robô.".
Emoção é a nossa dádiva e nosso martírio. Mas é o que nos faz tão especiais. O ser humano é o que mais tem facilidade em sentir, pressentir e ressentir sobre algo. Tais fatos não são manipulados pela razão. Sejamos humanos, associemos os opostos e vivamos da melhor maneira possível. Não deixe que um prevaleça sobre o outro. O meu medo é que... eu vejo... em um futuro próximo, uma sociedade cada vez mais racional... seremos robôs antes mesmo de criá-los à perfeição.
A raça humana não deve perder sua identidade.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Sonhos
Abro os olhos, a noite passou
Futuro. Penso no futuro de outrora. Quando o porvir era algo natural, a simples sobreposição dos acontecimentos do cotidiano, um dia após o outro, a mesma pessoa sentindo novas emoções, vivendo novas experiências. Atualmente já percebo que eu nunca sou hoje o mesmo que fui ontem. Este que agora se levanta, nada tem a ver com aquele que ontem se deitou, talvez apenas “lembre” um pouco.
Caminho pelo corredor, tento afastar de minha mente as lembranças ruins. Lembro-me de um poema:
Tanto se perde
quando se busca viver
fora da vida, fora da tristeza das adversidades,
talvez, e apenas talvez,
viver de tristezas fosse melhor
do que viver de fantasmas.
Com esse pensamento abandono os fantasmas do corredor e deixo minha mente liberta. Preciso comer algo. Vou à cozinha e preparo um achocolatado. Enquanto me alimento lembro dos sonhos do passado. Das mulheres, dos estudos, dos amigos e projetos. Da forma como me envolvia até o âmago com isso. Do velho costume de saltar de peito aberto em direção aos desejos mais pueris.
Ligo a TV, vejo uma propaganda com pessoas felizes dizendo que sonhar é preciso. Desligo.
Já ouvi e pensei muito sobre sonhos. Não tenho nada contra eles. Particularmente, não perco uma oportunidade para devaneios e sonhos. Só que é um pouco nostálgico pensar nisso, pois já aprendi a duras penas o quão triste é o construtor de castelos de areia que não teme a proximidade do mar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Pessoas que não sabem usar o elevador
Moro em apartamento desde que nasci, e me mudei para um prédio com elevadores aos 7 anos de idade. Para um garoto dessa idade, o fato de ter um elevador "particular" era como ir no shopping somente para subir na escada rolante: uma aventura! Eu o usava todos os dias, mais vezes que o necessário, somente pelo prazer de poder subir e descer, e ver as luzes acendendo e apagando. Com o tempo, o elevador de meu prédio e eu criamos uma certa intimidade. Eu tenho cronometrado na mente os tempos certos de abrir de fechar a porta para que a viagem seja mais rápida, sei pelos sons quando já está na época de manutenção, quando o elevador para, sei dizer exatamente em qual andar está, mesmo sem ter o contador de andares dentro da cabine. Sei quando cabe mais uma pessoa, ou quando os ocupantes estão sendo mal-educados ao dizer que não há espaço. Essa é minha relação com elevadores. Cresci com eles, o que os torna algo natural para mim. Mesmo pessoas que não tenham passado sua infância em elevadores, mas que moram em cidades de porte ao menos médio, encontram elevadores corriqueiramente.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Sentimento incalculável
Enquanto ainda me domino, sua imagem é simetricamente determinada pela possível perfeição, que deriva totalmente de sua beleza, coordenando meus desejos e tirando do eixo qualquer membro simples desse mundo complexo.
Escalonar tantos sentimentos parece difícil, quando todos me integram, e no final equalizam como fator determinante, que condiciona a minha existência: você.
Durante as frações da minha vida, nos períodos em que meu coração batia com freqüência só desejei que ficássemos juntos por um tempo que tendesse ao infinito.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
A Teoria Sociológica das Equações
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Sem caminho ou final
O paradoxo da idade humana
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Clepsidra
Paixões
O pequeno mosquito estereotipado por um INSANO
Coisas que me irritam
Inspirado por um dos temas dados durante as aulas de redação no cursinho resolvi iniciar este blog de uma vez, com a abertura de uma seção, que tenho certeza, acharão muito interessante: