quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Blues da Mocinha

A postagem anterior do Igor me fez lembrar de um trabalho meu da faculdade: uma prima obra do bom gosto. Apreciem com moderação:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Era uma vez...



"Era uma vez, nos tempos antigos, antigos como as montanhas que se vêem ao longe, em uma aldeia distante, quando a tristeza e o desânimo se quedavam sobre os habitantes, a ponto de alguns adoecerem de angústia, estes se sentavam em torno do velho mago da tribo para ouví-lo contar como os avós dos avós de seus avós haviam passado por terras fantásticas, vivendo grandes aventuras até chegar aquele lugar onde escolheram erguer suas casas, arar a terra e criar seus filhos. As crianças agitavam-se empolgadas com as narrativas enquanto os adultos contemplavam, apropriando-se de cada frase, reconhecendo na trama algo de si e identificando-se com personagens. Era reconfortante saber-se, ainda que de forma indireta, protagonista de uma história com muitos heróis. Certo dia porém o mago morreu repentinamente, sem deixar um substituto para narrar as histórias de sua gente.
Preocupados, com receio de que as histórias desaparecessem, alguns temiam que as pessoas se dispersassem. Então um jovem teve uma ideia: homens, mulheres e crianças deveriam se reunir naquela mesma clareira onde tantas vezes haviam ouvido os contos da boca do antigo líder e passar, cada um por sua vez, a contar trechos de uma saga coletiva, que ganhava novos elementos, detalhes, conotações e tons a cada encontro.
O povo descobriu então que, enquanto pudesse narrar, teria algo em comum, uma identidade, um lugar de pertencimento - e eles não se perderiam uns dos outros. Ainda que porventura alguém não estivesse fisicamente próximo, seria preservar um lastro - estaria garantido um espaço de existir."
Esta pequena história não é de minha autoria. É uma antiga lenda africana que li recentemente. Tal lenda dispertou em mim a ideia de que assim como os habitantes dessa tribo somos todos narradores de histórias de nós mesmos, de uma forma ou de outra. Tanto de forma direta, dividindo experiências realmente vividas, como de forma indireta, deixando nossa marca em um texto, ou em um comentário.
Então, aproveito o ensejo para parabenizar a todos aqueles que neste ano se sentaram nesta "clareira" que chamamos de Mente Insana para contar suas histórias, assim como a todos aqueles que engrandeceram-nos parando por alguns momentos para aprecia-las em alguns momentos colaborando com a elaboração de nossas histórias através dos comentários, em outros tecendo histórias silenciosas que se desenrolam dos olhos para dentro, nos reconditos da alma e se impregnam no inconsciente aguardando o momento de se tornar uma ação no mundo.
Assim, desejo a todos ótimas festas e faço votos para que todos tenham um prazeroso fim de ano, em 2011 continuaremos por aqui, alimentando nossas mentes com a insanidade necessária para manter nosso corpo são.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A falta que faz.3gp

Bem... como fiquei um tempo sem postar por causa da faculdade, nada mais justo que postar um dos trabalhos hehehehe


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Férias


Não entendo porque gosto tanto de você...

Durante as noites que saio, você quase nunca é gentil.

Me deixa perdido, desnorteado e as vezes até doente.

Troca pouquíssimas palavras comigo.

Quando acho que descobri sua essência, você se transforma e muda tudo que eu tinha como certo.

Você sabe que eu nem sempre fui seu, para falar a verdade sempre fui de muitas.

Todas as noites antes de voltar para dormir com você, passava por pelo menos uma ou duas.

Não faça cara de choro! Sei que você também nunca foi só minha.

É, eu sei que aquele tal de Caetano já andou fazendo musiquetas com aquele apelido que eu te chamo.

Mas nada disso importa.

Mesmo com todas essas coisas é só você que me alegra e seduz a cada instante.

Ainda que você não me dê a atenção que mereço, você me conquista com os seus jeitos, olhares e até com as comidinhas que você faz para mim.

Antes do final de semana eu devo ir embora, mas não fique triste, pois você sabe que eu sempre voltarei para você.

Te amo minha linda São Paulo.