Há um quê de paz na mesmice urbana. Bancos, padarias, semáforos, pedestres, nuvens, faixas, sacolas e loterias. Cópias estáticas que o tempo apenas parece endurecer, em sua grandeza, em sua simplicidade ou perspicácia.
Mesmo nas músicas antigas, repetidas exaustivamente ao longo da fé e do escrutínio básico em self-assessment. Pequenas oportunidades de admirar desde aquilo que perdura, ao que se modifica.
Outras convicções, outro eu. Outras pessoas, outras estradas. Novas mesmices. Velhas novidades.
A boa e velha antítese que se manifesta entre cordéis e poemas infiéis. Ironia do passado. Escárnio espelhado em Narciso sonhado. Só o presente, ineditamente repetitivo.
Carros cinza, pretos ou brancos. Exatamente como a corrente do céu inspirando tratamentos bucólicos. O barraco mantendo o barroco sucedendo a saltitante arcadia. Take me down to the paradise city, where the sky is grey and my thoughts are petty.