segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tudo numa coisa só



Ele estava ferrado.

Havia se apaixonado por um punhado de garotas e não tinha certeza qual escolher para viver para sempre ao seu lado.

Havia a garota dos brownies que conseguiu conquistar o seu sentimento pela barriga, que alem desses bolinhos em sua casa quase sempre havia pizza! Como não se apaixonar por essa garota?

Então quase em seguida ele se lembrava da garota da dança de salão... Por Deus! Como algum ser poderia ser tão belo movimentando seu corpo com a leveza e a sensualidade de quem tem certeza de que está executando algo divino, sem se importar se está fazendo exatamente o passo que o professor havia ensinado. É, com certeza ela é a melhor escolha! Se não fosse pela menina de olhos brilhantes...

Essa menina fazia as coisas de forma única, seja ver televisão, rir de uma piada, ou simplesmente recostar sua cabeça em seus braços e fechar os olhos, essa mesma menina é a que gosta de dias de sol e parques, ouve musicas “fofinhas” e gosta de animais. Claro que é a garota mais doce que ele já viu, seria ela a melhor opção?

Tem também aquela com ar de mais velha, que tenta derramar sua sabedoria e sempre tomar decisões corretas e lógicas, é quase o oposto da menina de olhos brilhantes, mas ela não é fria, suas atitudes, mesmo que muito sérias, são repletas de carinho e do sonho de fazer sempre o melhor.

Ele estava realmente ferrado.

Pensou que ia enlouquecer, pois tinha certeza que havia convidado uma para sair, mas na hora outra aparecia. Ficava perplexo quando estava em um parque com a garota de olhos brilhantes e de repente ela desaparecia e a garota dos brownies aparecia com alguma delicia para ele provar!

Ele começou a pensar que era um azarado maluco, até que um certo dia teve um epifania brilhante, iria convidar as quatro para sair e decidir com qual ficaria! Simples e prático, o plano era perfeito!

Então para sua surpresa, percebeu que na verdade não era tão azarado assim, na verdade era o homem mais sortudo do mundo, pois as quatro garotas, na verdade era uma só!

A.A.A.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ah quando eu morrer...



Quando eu morrer quero entrar para a história. Colocarão uma frase dita por mim no epitáfio e me imortalizarão. Todos estudarão sobre minha vida e serei citado por décadas, quiçá séculos... Meu velório durará três dias. Terão passeatas da igreja até o cemitério. Pessoas que nunca vi na vida se perguntarão o que será de suas vidas agora.

Ah não, melhor: quando eu morrer quero que seja igual novela. As pessoas que me conhecem e seus conhecidos se lembrarão de mim até o fim de suas histórias. Terei um significado ainda na cabeça de cada um que esteve comigo ou me viu passar... No meu velório vai chover. Todos usarão preto. Haverá pessoas ali contra a vontade, tudo bem. Haverá também pessoas querendo pular na cova junto comigo, tudo bem também.

Ou seria mais legal: quando eu morrer quero que seja como num filme. A solução de uma história ou o início de vidas que nunca saberemos como serão. Em meu enterro, numa manhã ensolarada, num cemitério que mais parece um jardim, haverá poucas pessoas, somente as que realmente me amaram ou que tenham algum interesse na minha morte. Meu filho mais velho tentará explicar ao mais novo o que aconteceu enquanto consola minha viúva e disfarça suas lágrimas.

Sem dúvidas essa: quando eu morrer quero que seja como todos que já vi na vida real. Ninguém ficará de luto depois, ninguém se vestirá de preto. No meu túmulo apenas “um filho amado” e datas de nascimento e morte. No velório piadas serão permitidas pelos mais jovens, desde que somente eles ouçam, pessoas que não víamos há meses dando condolências, sem nem saberem ao menos o significado da palavra, algumas flores perto do meu corpo, despedidas emocionantes antes de fecharem o caixão. No cemitério os mais devotos de alguma religião cantarão canções adequadas, não espero que chova, nem muito sol, não quero causar esforço a quem está se dedicando ao último favor prestado a mim, e, realmente, espero uma salva de palmas no final de tudo, espero ter feito diferença na vida de alguém de forma positiva.


sábado, 17 de julho de 2010

Guia do Vestibulando - parte 03 (Final)




O que você deve fazer nas primeiras semanas na Universidade

1)EXPLORE SUA UNIVERSIDADE. Pegue um ou dois amigos e dê voltas e mais voltas pela Universidade. Certamente você irá se surpreender com a quantidade de coisas interessantes que irá encontrar nesses passeios. Primeiro, procure por secretarias, bibliotecas, institutos que te interessem, e demais divisões administrativas da faculdade. Em certos momentos, saber onde ficam estes lugares e chegar lá com rapidez pode salvar o seu semestre. Depois passeie, procure por pequenos bosques e banquinhos escondidos, ótimos para dar “amassos”. Muitas universidades têm árvores frutíferas, fontes d’água, zoológicos, hortos, que não farão falta na sua vida acadêmica, mas que podem vir ser locais de lazer interessantes.

2)CONSIGA UMA LISTA TELEFÔNICA. Não quero discutir aqui os meios pelos quais você irá conseguir fazer isso. Apenas dê um jeito qualquer de conseguir uma lista telefônica pra você. Lembre-se, é uma cidade nova, você nunca trocou nem mesmo a resistência do seu chuveiro, e não faz a mais puta ideia de como funciona uma fechadura. A lista telefônica é a sua amiga de todas as horas! Quebrou um cano? Pergunte à lista. Queimou o chuveiro? O carro pifou? O rodízio de churrasco da noite anterior não quis descer pelo cano da privada e já se misturou com o café da manhã por todo o chão do seu banheiro? Sua mãe vem te visitar com seus padrinhos e o namorado da sua irmã, e você não conhece nenhum lugar pra comer além do seu vizinho que vende marmitas? Pergunte à lista. É claro que o “Oráculo” também conhecido como Google pode te ajudar bastante, mas no geral, as listas telefônicas têm distribuição regional, ou por bairros, o que vai facilitar muito a sua busca. Repare também que nas primeiras páginas da lista telefônica há uma série de telefones úteis. Ali você encontrará de tudo: informações sobre linhas de ônibus, telefones de emergência, prefeitura, rodoviária, polícia, etc etc etc. Uma boa ideia é colocar alguns deles na agenda do seu celular.

3)COMPRE UM MAPA DA CIDADE. Não sou burro! Eu sei que na lista telefônica de toda cidade tem um mapa detalhado. Mas vá em frente e saia por aí caçando o lugar onde você quer chegar com aquela “listinha” em baixo do braço. Um mapa da sua cidade, que cabe no seu bolso (pelo tamanho e pelo dinheiro), não vai te custar mais do que R$15,00. Se você é o feliz proprietário de um veículo automotor por combustão interna também pode comprar os mapas que têm as mãos de cada rua da cidade, mas ele são ligeiramente mais caros. Qualquer banca de jornal feita de lata e cuspe tem um desses mais simples à venda. Outra opção interessante, também fornecida pelo nosso querido Oráculo, é o Google Maps. A única dificuldade é que você vai precisar de uma impressora toda vez que for querer imprimir o mapa do motel mais próximo.

4)DESCUBRA ONDE FICAM OS HOSPITAIS E POSTOS DE SAÚDE MAIS PRÓXIMOS. Não estou falando que é pra você somente descobrir onde fica porque um amigo seu falou que uma vez a vizinha dele falou que foi num posto de saúde que não fica muito longe de onde você está. Descubra onde é, verifique as linhas de ônibus disponíveis, e efetivamente vá até lá. Se acontecer alguma coisa com você ou a um amigo, neste momento de stress você já saberá exatamente o que fazer, e acredite, esses momentos irão acontecer, e de madrugada, na véspera de uma prova de terceira chamada. Além disso, indo ao hospital/posto de saúde, você pode se atualizar sobre as especialidades médicas oferecidas no local e, no caso de você ter de repente um ataque de unhas inflamadas, não irá precisar ficar andando à procura de um dermatologista. Caso você tenha plano de saúde, procure também a sede do seu plano na cidade onde está morando. Eles geralmente têm um livrinho com todos os médicos que aceitam o seu plano, seus telefones e locais de atendimento.

5)VÁ ATÉ A RODOVIÁRIA ANTES DE VIAJAR PELA PRIMEIRA VEZ. Seus pais vieram, te deixaram no lugar onde você está morando, com todas as tranqueiras às quais você tem direito, todos choraram muito e você, extasiado de alegria, se despediu deles e foi curtir a vida de universitário, certo? Bem, agora é a sua vez de ir visitar sua família no primeiro feriadão do ano. Acontece que você não sabe onde é a rodoviária, nunca pegou ônibus pra ir até lá, não sabe nem mesmo qual é a empresa que faz a linha até a sua cidade e muito menos o preço da passagem. Primeiro, pegue a lista telefônica, ligue pra rodoviária e descubra as coisas que você ainda não sabe. Mas antes do dia da sua viagem, vá até a rodoviária. Perda de tempo? Não meu amigo. Indo até a rodoviária num dia qualquer te dará uma bela perspectiva do tempo gasto no trajeto da sua casa até o terminal, uma informação que você só consegue indo até lá e voltando. Dessa forma você poderá se programar muito melhor para suas viagens. Aproveitando esta ida na rodoviária, verifique junto à empresa que faz a linha até a sua cidade sobre passagens para estudantes. A maioria das empresas oferece descontos de até 50% para estudantes em viagens dentro do estado, desde que você comprove sua residência e a de sua família em cidades diferentes. Além disso, em alguns lugares há o serviço de “Disk Passagens”. Você liga e os caras ou reservam a passagem pra você, ou a entregam na sua casa. Gostou né folgado(a)?

6)PROCURE A SECRETARIA ACADÊMICA DE SEU CURSO. E faça amizade com as pessoas que ali trabalham. É na secretaria acadêmica que você irá resolver a maior parte de seus problemas na faculdade, e ser amigo/conhecido/simpático ou não com as pessoas que trabalham na secretaria fazem uma Senhora diferença. De quebra, procure também o Diretório, ou Centro Acadêmico, e a Atlética. Esses dois órgãos cuidam dos eventos culturais e esportivos da sua faculdade. Muitas vezes os DAs e CAs possuem TV por assinatura, assinatura de revistas e jornais especializados na sua área, livros usados para que você pegue emprestado, dentre outras coisas úteis. Mas principalmente, é nos DAs, CAs e Atléticas que as pessoas costumam se encontrar, para jogar, estudar, trocar ideias ou fazer qualquer tipo de bobagem. São também bons lugares para se conseguir informações sobre a universidade e a nova cidade onde você reside.

7)NÃO FUJA DO TROTE. Este é o dia mais importante para criação de novas relações interpessoais em sua jornada universitária. Você está na merda, junto com várias outras pessoas na merda, pintados e pedindo dinheiro para desconhecidos, e fazendo as coisas mais ridículas que você poderia imaginar. Olhe que coisa boa, vocês já têm algo em comum! Que belo dia para fazer amigos, não?
Tenha sempre em mente que a função do trote, em qualquer lugar, é criar esse ambiente engraçado e unir pessoas que nunca se viram em atividades de grupo para quebrar o gelo, facilitar os relacionamentos e claro, para recolher dinheiro pra chopada. Ninguém é obrigado a fazer nada que não queira. Caso ocorra algum abuso, por parte de quem quer que seja, denuncie.
Mas também não seja um chato! Prepare-se para curtir um dos dias mais importantes da sua vida sem preocupações extras. Vá com uma roupa velha, que não tenha perigo de manchar ou rasgar, pegue o seu tênis mais velho também, um que do qual você não sentirá falta. Guache mancha a roupa, mas não vai te dar alergias mortais. Água de peixe e ovos... são só água de peixe e ovos, ora! Andar de elefantinho não vai deixar você descadeirado o resto do mês, você não tem nem 20 anos! Comer um dia com as mãos não vai transformar você num animal selvagem e certamente não vai te matar também. Brinque! Curta! Dê risadas e faça amigos!

8)SEJA AUTODIDATA. Não é bem uma sugestão que eu te dou, é uma obrigatoriedade sua. A forma como você irá estudar na faculdade é muito diferente da que você está acostumado, se é que você alguma vez estudou na vida. No primeiro dia de aula os professores costumam disponibilizar os livros e demais obras que eles usarão no decorrer do curso naquele semestre. Eles não vão ficar te dando tarefas de casa ou trabalhinhos em grupo. A parada agora é séria. Anote tudo e procure um veterano. Ele já passou pelas mesmas matérias que você, e saberá indicar, dentre as obras que o professor passou em sala, as que são mais importantes. Feito isso vá à biblioteca e depois estude muito em casa, pois só o conteúdo das aulas não é suficiente para compreender tudo.

9)SUGUE SEUS PROFESSORES. Não é pra ficar puxando o saco do cara, mas aproveite que ele está por ali e faça perguntas. Ele não vai ficar chateado em te ensinar, o que afinal de contas é a função dele. Se a matéria te interessou, é um assunto que você gosta, ou é a área em que pretende trabalhar, descubra onde é a sala desse professor e vá atrás dele. Nas universidades públicas a maioria dos professores tem salas onde passam o restante do dia, enquanto não estão dando aulas. Bata na sala dele, demonstre seu interesse, tire suas dúvidas. Além de entender melhor da matéria, ao mostrar interesse pela área dele, você mexe com o ego do professor, que em resposta pode vir a ser gentil e até mesmo te descolar facilidades como estágios e bolsas de pesquisa.

10)PESQUISE SOBRE BOLSAS. Existem muitos tipos de bolsas que podem vir a te ajudar em sua jornada acadêmica. Algumas dependem de suas particularidades sócio-econômicas, como bolsa alimentação, bolsa transporte e bolsa auxílio emprego. Você apresenta uma tonelada de papéis na Secretaria Acadêmica, prova que tem dificuldades em se sustentar em uma cidade diferente e eles te ajudam de alguma forma.
Outros tipos de bolsa dependem do seu interesse e de seu desempenho na faculdade. São as bolsas de pesquisa, também conhecidas como iniciação científica. Nesse caso você tem que correr atrás de algum professor que trabalhe com pesquisa na sua área, e ver se ele está precisando de alunos para orientar. Na verdade, o que você irá efetivamente fazer, é ajudar o professor num mestrado ou doutorado que ele está fazendo. Ele irá te orientar, e ao final do período estipulado pela bolsa você deverá apresentar os resultados da sua parte da pesquisa, com dados, texto e tudo mais, como se você fosse mesmo um cientista de verdade. Além de te dar uma força na grana, esse tipo de atividade entra também para o seu currículo.
Você também pode procurar por estágios. Em geral os estágios não têm o cunho científico das bolsas pesquisa, sendo focados em atividades voltadas para o mercado. Tudo depende do seu interesse. Os estágios também podem te dar uma forcinha no bolso.

Acho que é isso crianças!! Espero que as dicas sejam úteis a todos. Ainda tem muito sobre o que eu não falei aqui, mas vai ser mais engraçado (acreditem!) se vocês descobrirem sozinhos. Um grande abraço e boa sorte!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Invejando anjos


Ao olhar pela janela de seu quarto Agnes divisava o horizonte coberto pela neve.
Já fazia mais de um mês que estava naquele quarto de hospital recuperando-se de uma lesão no tendão de sua perna direita.

Os dias se passavam de maneira lenta e sutil, o que atormentava ainda mais o espírito audaz da jovem. Tantos sonhos e desejos, tantas conquistas já possuía mesmo sendo tão nova! Mas a idade não era empecilho para aquela que deslizava por entre os olhos de espectadores atentos aos seus movimentos mais singelos.

Desde a infância fora privilegiada pelo som das notas musicais que saíam do piano onde sua mãe tocava com maestria.
Ah! Quanta felicidade rodeava aquela pequena criatura que ensejava os primeiros passos de bailarina. Cada nota ecoada era recebida por um gracejo ou um pequeno passo realizado de maneira quase perfeita pela pequena.

Agnes era dotada de uma notável beleza desde tenra idade; sua pele branca praticamente reluzia aos raios do sol primaveril juntamente com seus longos cabelos loiros encaracolados. Seus olhos azuis tinham um brilho indescritível, semelhante ao de safiras.

Lágrimas corriam pela face meiga e doce da sonhadora bailarina que sentia uma ponta de inveja ao poder ver as outras meninas patinando no lado congelado da cidade.
Já fizera isso tantas vezes, mas só agora dava a devida importância, já que sentia o peso de nunca mais poder dançar em sua vida.

Fechou os olhos e lembrou-se dos aplausos da última apresentação. Quantas rosas brancas e vermelhas foram arremessadas ao palco; luzes ofuscantes mal permitiam que ela divisasse a platéia que estava de pé a lhe homenagear.

Ao som de Clair de Lune de Debussy, a bela moça/mulher parecia que flutuava pelo palco. Ali fora seu grande momento; música e dançarina se completavam como chuva em solo árido e infértil.
Cada rodopio, cada salto, cada gracejo no ar eram realizados na mais perfeita sintonia; seu corpo era tão belo que todos os anjos naquele momento pecaram ao sentir inveja daquela abençoada que podia ser tocada por qualquer outro humano.

O fim da música ainda ecoava em sua mente; sabia que poderia voltar a andar, mas agora as alegrias vividas seriam apenas recordações, enquanto que a dor se faria presente pelo resto de sua vida.

sábado, 10 de julho de 2010

Um banho de inspiração


Sinto-me inspirado como nunca antes nesse chuveiro. É impressionante como é difícil pensar em alguma coisa para escrever se não estiver tomando banho. O que é nada impressionante é como é ainda mais difícil escrever algo enquanto está tomando banho. Posso já começar rimando “entender” com “saber”... Melhor não... acho pobres rimas entre verbos no infinitivo. Posso rimar algum deles com “você”. Isso! Assim será.

Na verdade não sei se vou fazer versos rimados... São meio artificiais, sei lá. Vira e mexe sei que vou cair em lugares comuns, por exemplo rima com “ão”, certeza que vou ter pensado em, no mínimo, umas duas até me vestir. Por outro lado dão cadência à leitura e musicalidade, se pensar em fazer uma melodia em cima dela... É, vão ter rimas sim. E vou pensar em agora mesmo em uma com “ão”.

Sobre o que mesmo vou falar? Sentimentalismo barato de quinta categoria? Metalingüística batida da falta de assunto? Sendo feliz, dizendo que aproveito a vida quando, na verdade, estou escrevendo? Desilusão amorosa do fim do mundo dessa semana? Ou pessimismo da boca para fora e do dedo cruzado esperando que o texto fique bom?

A minha rima será “divisão” com.... Sabão! Droga... esqueci do sabão... Não vou me secar para sair do boxe, pegar um sabonete, voltar a tomar banho e depois me secar de novo. Pano de chão serve para isso... Isso! Será com “chão”.

“Manter em lugar fresco, protegido de luz intensa e longe do alcance de crianças” hehehehehe já tive vontade de beber shampoo. Na verdade acho que bebi uma vez, me lembro do gosto de sabão. Hehehehehe a mulherzinha que sempre fica aqui me vendo pelado não deve gostar muito de tomar sol, branquinha do jeito que é.

Será que os versos que fiz até agora soam bem? Vou ter que esperar até eu sair e falar para alguém escutar. Por que? Eu escuto o que falo. Mas eu vou falar sozinho? Ficar pensando em milhões de coisas aqui, cantar no chuveiro, gritar um palavrão quando me machucar, isso tudo é normal, mas falar sozinho é loucura. Mas ninguém vai ouvir mesmo, eu consigo conviver com esse segredo de “loucura temporária”. Ops... não é assim que costumo falar... Devo estar com vergonha de mim mesmo.

Posso citar sobre essa fluidez da água. Ou sobre sua propriedade de limpar, renovar, carregar as coisas. Os elementos naturais sempre são alvos de metáforas e comparações em canções, poemas, poesias. O fogo principalmente.

Pronto! Acabei... Desligar chuveiro, pegar a toalha e me vestir... Acabei o banho. Quanto ao que ia escrever, ou pelo menos pensar em escrever, não deu tempo, fica para o próximo banho. Ou não. Já que pensei nisso no último que tomei.



quinta-feira, 8 de julho de 2010

Se eu fosse o técnico da Seleção...



...essa seria minha escalação.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Se eu fosse o ténico da Seleção...



...essa seria minha escalação.

domingo, 4 de julho de 2010

Ilusão

Após um dia estafante ela chega em casa. Seu filho está em um canto, quieto, contemplativo. Ela o olha com ternura e diz:


"O que está fazendo, meu filho? Venha para cá, e diga para mim qual o problema."


"Mãe... o que aconteceu com o papai?"


Já há algum tempo ela temia essa pergunta. Como contar a seu filho, ainda tão jovem, o que aquele cão desalmado havia feito a seu pai? Ele não precisava de mais dor em uma existência já tão árdua. Mas ela não tinha palavras para respondê-lo. Sempre que pensava no assunto vinha-lhe a mente a imagem de seu esposo sorridente, indo para sua tarefa diária de catador de lixo, afim de conseguir o alimento da família. Em resposta a seus devaneios vem a voz do jovem...


"A vovó disse que o papai virou um anjo... Mãe, isso é verdade?"


"É sim meu filho. Seu pai virou um belo anjo!" Ela não sabe se é capaz de evitar as lágrimas que ameaçam brotar de seus olhos.


"Mãe... Como é que é um anjo?"


Ele a interpelava serenamente. Seus olhinhos redondos e atentos a fitavam com uma confiança inigualável a espera da resposta. Mais tranquila ela aconchegou o corpo do filho junto ao seu e explicou:


"Um anjo é como você, possui esse rosto lindo, essas orelhas, o mesmo torso, membros e as demais feições semelhantes, só que com asas! Capaz de voar pela imensidão do céu, de onde cuida de nós, humildes criaturas desta vastidão chamada mundo."


"Então o papai está voando?" A voz do pequeno ser saiu abafada, um murmúrio quase inaudível.


"Sim, ele está."


"Deve ser bom voar, espero que ele aproveite, mas não se esqueça de nós."


"Ó, ele não vai se esquecer, garanto que sempre que possível ele estará por perto, vigiando nossos passos."


"Ele vai voltar?"


Com o coração em pedaços a mãe responde: "Não meu filho, seu pai pertence a um mundo superior agora, ele só pode nos ver de longe. Agora vá dormir, certo? Boa noite."


Ela se virou sem beijá-lo ou abraçá-lo, se o fizesse não conteria a emoção.


Ele ficou quieto. Pensativo. Não conseguia dormir, até que ouviu o ruflar de asas. Lentamente se esgueirou até a abertura que dava para fora de sua moradia e olhou. E na luz da lua pode ver um ser alado semelhante a si, cortando o céu em vôos ligeiros. Contemplou extasiado até a entidade desaparecer por entre uma região escura. Respirou fundo. Seu pai o havia visitado.


Assim ambos ficaram felizes, tanto o rato que fora dormir, quanto o morcego que encontrara uma árvore para servir de abrigo.





quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mais do que festas e bebidas!


Olá leitores,

Quando se fala em fraternidades todos já logo pensamos em festas regadas a cerveja e com muitos peitinhos aparecendo, no melhor estilo American Pie possível, só que a realidade não é, somente, essa.

Mas afinal, o que seria uma fraternidade além de festas e putaria? Fraternidades são associações estudantis voluntárias, onde seus membros, através de um forte vinculo de amizade lutam pelo melhor para cada um e para o grupo como um todo.

Fazendo uma grossa analogia poderíamos dizer que o nosso similar brasileiro seriam as repúblicas, mas essa análise não é totalmente correta porque as fraternidades costumam ir muito além de um grupo de pessoas que mora em uma mesma casa e se uni ocasionalmente para estudar e fazer festas.

Existem várias modelos de fraternidade, o mais comum nos Estados Unidos e Europa são as chamadas “Fraternidades Gregas” as populares “Greek”. Aquelas famosas com três letras gregas como nome, essas letras são as iniciais do lema da Fraternidade. Elas ainda têm em sua constituição o trabalho comunitário como um de seus princípios, para buscar uma melhoria que vá além do grupo fechado que a compõe.



No entanto o principal aspecto positivo que vejo em uma fraternidade é a formação de um poderoso networking, que afeta a vida acadêmica e profissional dos membros, pois eles fazem juramentos de lealdade e parceria que duram muito mais que os anos dentro da faculdade.

Observando todos esses aspectos tenho o prazer de informar aos leitores deste blog que, junto com alguns amigos, fundei uma das poucas Fraternidades do país! A honrosa Sigma Alpha Theta, que não segue exatamente o padrão “Greek”, devido as especificidades do sistema de ensino superior do país, mas ainda tem como princípios basilares a amizade e o trabalho em nível acadêmico e social.



E que venham as festas e bebidas!!!