terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sem caminho ou final



Uma coisa que muitos filósofos, sociólogos e estudiosos tentaram teorizar é a felicidade. Sou nada disso, mas é minha vez.
Depois de algumas conversas, percepções sociais e leituras, percebi que a felicidade se divide em dois ramos para o humano: o caminho e o fim. O caminho porque sempre buscam fazer as coisas da melhor maneira, no sentido de mais agradável e confortável; o fim, por sua vez, é o tesouro no fim desse caminho, o que todos dizem buscar, a tal da felicidade. Claro que, por essa observação, elas não podem ser coexistentes (afinal, por que procuraríamos algo que está no nosso caminho?), então isso gerou o meu pensamento: se é o caminho, o que buscamos? Se é o final, quando a conseguimos, e o que faremos com ela?
Para tentar, e sinceramente não consegui e sei que não conseguirei, responder a isso pensei em como adquirimos a felicidade. Pensei em duas hipóteses: a de que ela é ligada aos sentimentos e a de que ela é ligada a satisfação dos instintos.
Alguns podem discordar de mim, mas por algumas observações percebi que as pessoas se tornam mais emotivas quando felizes (uma vez me contestaram sobre as pessoas extremamente tristes que chegam a se suicidar, que isso era emoção. Eu pensei e respondi que na verdade é pura razão, quando não se pode mais se manter vivo, sofrer seria desperdício de energia, então se matam...). Sendo assim quanto mais feliz, mais irracional. Logo poderíamos dizer que animais, irracionais, são extremamente felizes, e como só vivem para satisfazer seus instintos, a felicidade estaria nisso. Logo seria mais apropriado liga-la ao caminho, já que nos satisfazemos a todo instante, para nos sentirmos melhores, e atravessar a vida de forma mais agradável. Para que, se vamos morrer? Talvez não haja nada mesmo no final da vida, já que falamos dos animais, e é só para tornar o que podemos melhor.
Quanto aos nossos sentimentos, traze-nos a mais uma discussão: o que nos diferencia dos animais, razão ou sentimentos? Se a razão é você fazer o que te parece certo, melhor para você e sua sobrevivência, animais seriam racionais? E se o que nos põe a pensar e tentar entender tudo, e dominar, é o sentimento de poder? Seriam os sentimentos que nos diferenciam. Por isso, eu diria, que existem dois tipos de escolha, o casamento, por exemplo, aquele por amor, que te deixa feliz, e aquele com a pessoa bonita, para consertar seus “erros” físicos na próxima geração e aumentar as chances dos seus genes sobreviverem, altamente ligado a instintos. Sendo o amor nosso sentimento, que nos torna felizes, por esse ponto de vista, a felicidade estaria ligada ao sentimentalismo, e aparece quando juntamos coisas que nos fazem sentir bem. E coletando todas essas coisas, um dia, viramos para trás e dizemos que fomos felizes, e sem perceber esse é o nosso tesouro no fim do caminho.
Se você leu até aqui percebeu que não cheguei a solução qualquer, e que, apesar de estar me baseando em outros, tudo são reflexões minhas, pensadas, passadas, argumentadas, com antíteses, e que continuo na mesma.
Sugestão: tantos outros já pararam pra pensar nisso, até mais tempo que eu, e chegaram a mesma conclusão desse texto. Então não pare para pensar nisso, somente viva.


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