segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O pequeno mosquito estereotipado por um INSANO



As circunstâncias que me levaram a concretização deste texto não serão expostas. Só posso afirmar que estava longe do chão e em um momento ímpar. Minha fonte de inspiração... um mosquito! Reles e banal... completo e genial!
Aí segue a parafernália:

Um pequeno inseto do meu sangue bebeu... dois movimentos e ficara desnorteado...
pobre coitado, meu sangue estava envenenado
O suficiente para ter o reles prazer de vê-lo sangrar, ver o meu líquido vital esparramado pelo chão.
É, pequeno mosquito, o veneno que corria em minhas correntes estava repleto de arrependimento, culpa, mágoa, solidão, melancolia e vagueza. Um vazio indescritivelmente brando e denso. Era como se estivesse encapsulado em gelatina.
A verdade é que, ao provar do meu veneno, pequeno mosquito, assinaste tua sentença de morte. E realmente não acredito que isto seja um castigo. Morrer em um mundo tão ininteligível, intolerante, ininterruptamente corrupto, intragável e intransigente, não é um castigo. Pagaste com tua indiferente vida o sacrilégio de um humano patife. Seu sangue burlado, seu sangue abençoado, seu sangue amaldiçoado.
A dúvida sobre sua, minha existência perdurará eternamente, meu pequeno mosquito. Meu sangue é o nosso elo. Meu sangue é o nosso martírio. Meu sangue é nossa vida e a nossa morte.


In memorian, ao meu pequeno mosquito. 


Ass.: O Brinquedo Mestiço

Nenhum comentário: