sábado, 30 de outubro de 2010

Escolhas Excluem


Escolhas excluem. E ao dizer isso já foi excluída a possibilidade de não se dizer nada.

Sei que soará clichê este texto que você vai ler, porque sempre que se aproximam as eleições surgem comentários acerca de como será o futuro, qual o melhor candidato a ser eleito, enfim... o de sempre.

Tentarei fazê-lo de uma forma diferente, procurando ser imparcial no tocante aos candidatos à presidência.

Primeiramente gostaria de ressaltar a importância de um voto. Se você (E)leitor acha que seu voto (por ser apenas um) não fará tanta diferença assim, você está completamente enganado.
Ele faz SIM muita diferença. A sua escolha de hoje, influenciará no futuro de seus descendentes amanhã.

Incrível como em época de eleição o eleitor fica importante (isso soa óbvio eu sei).
De repente os candidatos aparecem com suas promessas, suas aspirações, seus discursos vanguardistas e transformadores dizendo exatamente tudo aquilo que o povo quer ouvir.
-Será mesmo candidato?!-
Não duvido que em alguns aspectos haja de fato uma boa intenção, mas na maioria dos casos sempre retornamos a assistir o mesmo espetáculo: Senhores cordialmente inteligentes fartando-se de pão e vinho, rindo dos palhaços que os colocaram naquele picadeiro.

Ao assistir uma palestra sobre economia que tratava do modelo de substituição de importações X abertura econômica, a palestrante deixou uma questão: O que requer desenvolvimento competitivo?
A resposta: Intervenção Governamental.

É, cabe ao governo escolher políticas adequadas que nos levem a caminhos menos inflacionados e flutuantes; cabe à ele optar por fechar-se em políticas protecionistas valorizando a indústria nacional, ou novamente abrir as pernas para o "estrangeiro" sem nem pensar nas possíveis ineficiências geradas.

Acredito que, pelo simples fato de o Brasil ainda possuir características de monocultura de exportação estamos na situação em que estamos. Atualmente lidamos com uma ilha global, em que políticas externas e atores sociais influenciam as economias de todos os países. Mas, porquê ainda tenho a sensação de que "o outro" é sempre melhor? (sendo que sei que somos plenamente capazes e competentes para nos desenvolvermos?) Por que vejo economias subdesenvolvidas(assim como a minha) estarem em melhor posição (desenvolvendo-se cada vez mais), competindo igualitariamente com as potências mundiais?
Não seria (agora) a hora de mudar?
Nem somente substituição de importações ou abertura econômica...Por que não as duas de forma coerente e gradual, visando o crescimento sustentável onde a população se beneficiaria em primeiro lugar, pois uma indústria que tem subsídios consegue se desenvolver, gerando empregos, o que gera renda, que gera consumo, que gera produção, que gera importação e exportação; que gera câmbio valorizado e ao mesmo tempo aumento de reservas, que gera investimentos sociais o que beneficia a todos nós, (E)leitores.
(É utópico, é. Mas era isso que eu gostaria de ouvir).

Agora deixo uma pergunta, o que os candidatos têm a nos oferecer?
Ao avaliar a agenda proposta pelos mesmos, nossas necessidades e expectativas são supridas?
E a do resto da sociedade?

Portanto,

Escolha...
Exclua... e
VOTE!

3 comentários:

Wolv disse...

Muito baum!
Como diria o Velho Deitado: "Falou, e disse!"

André M. Oliveira disse...

Realmente Stéf, seria muito bom se ao invés de dicotomizarem as políticas como "Assim" ou "assado" nossos candidatos ponderassem o que fosse útil ao país e a sociedade.
Ou seja, "Falou, e disse!"

Gabriel Teixeira disse...

Cara, perfeito. Porém, se eu tivesse utilizado a parte do "Exclua", nem teria ido votar... hauahu