segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quem vai, vai.

Perplexidade. Definição do ser. Complexidade. Ou complexamos. Construção, desconstrução: reconstrução. Saber, sentir. Agregar. Agregar sentimentos para que se possa saber.

A trilha pode ser colorida, canto dos pássaros. Dádiva. Gratidão e Gratidão. Desce um trovão, cai um pé d’água, destrói tudo. Desgraça. Aversão e Aversão.

Por que um é um e o outro é outro? Há exatidão na efetivação do cotidiano?

Embaralho, confusão. Se nem um é um inteiro, quiçá o Eu se chamar de um, definido ou indefinido. Não há regra. Para tudo há regras. Limitar para conviver. É tudo muito estranho logo quando aprendemos que para se libertar, é preciso limitar.

E o limite tende ao infinito.

O desespero.

Quando nem bem esse limite é explicado, logo é extrapolado. Quando extrapolado, alguém saiu machucado, nem certo, nem errado. Não enxergamos o futuro com clareza. Intuição? Só quando sua vibração está em sintonia com o ser. O coração, mente... espírito.

Ego. Fere-se com machadadas, acaricia-se com luvas de veludo. Não sabe se ou quando se recupera, se é que se recupera. Alô torcida do perdão, aquele abraço. Não sabe se está envaidecido ou se está lhe justificando. Nada, absolutamente nada é de crédito geral do um. Muito menos a culpa.

Maldita culpa. Separando vínculos, quebrando autoestimas, confianças, retratos e amores. Bendita culpa. Do arrependimento que ensina, do retorno positivo. Modificação.

O tempo.

Respeito. Gravidade. Suporte. O senhor máximo da humanidade. Construtivo quando concedido, destrutivo quando tirado. Simbolização do inexistente. O caos, a ordem. Mínimas respostas gerando máximas perguntas. Só o tempo pode inverter a lógica.

O tempo vai. O tempo corre. O tempo passa devagar. O tempo voa. Não volta. E segue o curso, retilíneo, curvilíneo, com ou sem obstáculos. Reflexão. Eu sou apressado ou devagar? É questão de estar.

O amor.

Aquele que queima sem arder. Depositamos o significado. A fé. A importância. Sacamos troca. Confiança. Partilha. Do que seria o mundo sem o amor? Dedicamos amor até ao inexistente. Fé. Amamos tanto e com tanta intensidade...

Machuca. Desejamos não amar nunca mais. Desejo. Briga. Desiste. E ama de novo. Apaixona. Apanha. Apaixona de novo. Apanha mais um pouco. E ama. Até quando se vê incapaz de amar, continua amando. Parece a visão do horizonte: um vislumbre sem fim. Um ciclo que não cicla.

A visão.

Do novo, do velho. O futuro insiste em repetir o passado. Mas muda. Sutilezas mudam. A borboleta. O furacão. A velha impressão de já ter escrito isso antes. Mas não é a mesma coisa. Não é nem o mesmo autor.

Incomoda a coluna, belisca o peito. Parece que afoga. E às vezes afoga mesmo. Se perde, se resgata. Se mata um tempo, mas um tempo... e ainda parece que tem uma coisa reservada ali na esquina. E sempre tem,


A vida.

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