segunda-feira, 23 de abril de 2012

Maço

Jaz um maço, roto e esfarrapado
de tinta borrado de lado a lado
com os mais diversos ícones gravado
às vezes ditando certo e errado.

Outras vezes no entanto contesta,
repudia, incomoda, faz festa.
Pela capa não podes dizer se presta,
 pois caminha por realidade diversa desta.

Traz em si a loucura de um quixote
galopando em seu tropego trote,
bradando resoluto seu mote
para tanto desafiar a morte.

Ou mesmo o amor insano de um Montecchio
pelo tesouro Capuleto que o deixava ébrio,
com seu profundo olhar de mistério
da sacada de seu pseudo-monastério.

Pronto a mudar a vida do contemplador,
apto a gerar a dúvida no impositor,
prestes a mover o empacador,
jaz um maço, roto, esfarrapado, edificador...


2 comentários:

Taíla Castro disse...

Estava com saudade de ler você!
Maravilhoso!!!

Me lembrou uma certa aula por alguns momentos....rs

Taíla Castro disse...

Estava com saudade de te ler!!
Maravilhoso!!