domingo, 19 de julho de 2020

Baile da imoralidade



Amo-te em vestes intocadas
Idolatro-te ao desnudo imaculada
Ondula-se em sinais e frequências
Gês incendeiam meu atento espírito
Rogando ar em tuas palavras doces
Misticismo inafiançável do imaginário lúdico

São,
Reveste-se pois da indomada narcísica
Sorri à relenta ternura
Suspiros aguçados, compassados: um baile!
Um brinde à conversa afrodisíaca
Que emana, encanta e fortifica
Pressurização venosa que se expõe em polvorosa
Na ejaculação da alegria maliciosa

Pureza. Antítese pois se não as ondas existentes apenas por terem base e crina
Há frente, e há por trás
Onde guarda os segredos
Que nem a ferina língua lhe salvará
Terra explorada por bandeirantes
Desbravadores imbuídos de coragem, ternura e paixão
Atormentando superfícies nervosas,
Eclodindo, pulsando, sentindo, emanando, emaranhando, buscando o único e resoluto dueto que todo homem sonha ouvir:
Que. Tesão.

Embeba-se pois de minha virilidade
Através dela que sacio sua umidade
De teu seio a lateral
Com a boca lhe deito todo véu da moral
Conecta-te aos olhos pois os dois sentidos possíveis já lhe fazem ser o que pleiteias ao acordar
Imoral.

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