1. Você vai perder coisas pelo caminho.
A vida gosta de testar seus tripulantes com desafios para mensurar a sua vontade, e um dos piores testes que ela pode fazer é tirar coisas que você tinha dado como certas. Quem me conhece sabe que não sou o cara mais aberto do mundo e por fingir um nível de sabedoria maior do que tenho, propago a máxima da "impermanência do mundo", mas mesmo já teorizando sobre isso, sentir na pele é bem mais complicado e doloroso. Por incrível que pareça, o aprendizado que essas perdas vão te dar, te levarão a descobrir uma simples e subvalorizada coisa: Você vai sobreviver. Pode até parecer impossível na hora, mas você vai sobreviver.
2. Você vai encontrar coisas pelo caminho.
Nesses tortuosos caminhos, algumas vezes, coisas que irão reacender a chama da inspiração no seu coração e isso vai te fazer ver - ou voltar a ver - cor nessa louca viagem que passamos na bola azul. Ela pode vir de muitas formas, podem ser pessoas, oportunidades, ideais, livros, o que for, aceite, nunca devemos desperdiçar essa fagulha quando ela aparece. No entanto, é bom - para não dizer fundamental - saber diferenciar o que realmente acende essa fagulha, para não desperdiçar energia e tempo com "não-fagulhas".
3. Sempre seremos perfeitos estranhos.
Não importa o quanto conheçamos alguém, amores, amigos, parentes, nunca conheceremos de verdade essa pessoa. Dá sua mãe ao padeiro da esquina, você só vai se saber uma fagulha mínima do que elas pensam e sentem no fundo de suas almas, podendo haver pântanos pútridos onde pensamos existir belos jardins e vice versa. Essa impossibilidade de concretização da meta não tira seu mérito e mesmo que por apenas uma noite, devemos tentar conhecer os outros.
4. É Ok pensar em desistir às vezes.
Campbell com a sua Jornada do Herói já cantava a pedra, dizendo que todos os heróis vão, no começo de sua jornada, negar o caminho que foi escolhido no fundo de seus corações. Não pretendo me considerar um herói, mas como mitos são generalizações dos indivíduos, posso pegar emprestado essas etapas e tentar adequar a minha humilde existência. Pensei em largar meu caminho esse ano e percebi que a simples contemplação do que seria a vida sem os meus objetivos me fez retornar a senda que apetece minha alma. É importante lembrar que mesmo que deixemos de fazer o que queremos de verdade por um tempo, temos que sempre voltar ao nosso objetivo principal.
5. Atravesse a ponte.
Essa sensação é meio estranha de descrever, pois ainda que meu corpo estivesse tenso e meu olhar atento, o meu coração batia com uma felicidade que há tempos não batia.
Se puder aprender apenas uma lição de 2015, mesmo que seja misterioso e desconhecido, atravesse a ponte.
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