Diariamente, somos capazes de,
através dos sentidos, absorver uma série de informações das quais tratamos como
inúteis na maior parte do tempo. É possível notar, que muitas vezes, algo que
tratamos como pífio ou indigno de uma atenção maior, é tido com ar de
admiração/conquista por outrem. Nesse cerne, exponho meu prazer interno em
lembrar o quanto somos diferentes.
Diferenças físicas, psicológicas,
espirituais, tradicionais, culturais... todo e qualquer ínfimo detalhe capaz de
denotar quem é quem, me traz um contente sentimento de ser único. A unidade faz
o ser humano ser magnífico, podendo contar com infinitas variáveis de caráter
e, derivando, características. Quando se destaca essa unidade, temos... bom,
antes de continuar essa frase, me sinto obrigado a citar um trecho de Tyrion
Lannister de Game of Thrones, que, basicamente me inspirou nos últimos dias e,
ainda foi repetido por um grande amigo em seu facebook recentemente: “Deixe-me lhe dar um conselho, Bastardo. Nunca se
esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça disso sua
força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com essa lembrança,
e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo".
Continuando...
temos o que gosto de pensar como nossa principal força, enquanto terráqueos; o
reconhecimento de nossa diferença e o quanto esta pode ser externada para que
criemos nossa identidade própria. Tal identificação é o que nos torna mais
confiantes, com mais foco nos objetivos e menos suscetíveis às ações do meio
externo. Esse reconhecimento é capaz de criar seu escudo, suas armas, servir
como meio de admiração, respeito e que talvez trilhará um caminho de conquistas
nobres. Sabendo exatamente como se intitular, a probabilidade de se deixar uma
marca é maior. Agir tendo para si que o mundo projeta-se em favor das diferenças
pode levar-nos a experiências inenarráveis. Qual legado seria deixado se o
mundo fosse perfeitamente idêntico?
Claro
que há de se preocupar com o “rei na barriga”. Conhecer-se e ter a certeza de
que é único e, que é esta unidade que (agora estranha inspiração no modismo) “makes you beautiful”, não deve nos
tornar superiores, ou maiores. Apenas, como se diz no jargão, diferentes.
Em
qualquer mínimo movimento de vida, ou criado por uma, somos capazes de ver o
quanto o mundo é assimétrico, e o quanto essa confusão também nos é
característica. Lembrar disso não é pensar que somos errados, somos errados é
por não lembrar disso. Procurar a perfeição pode ser uma busca sem sentido, uma
vez que o que é perfeição para mim, pode não ser para você, como pode não ser
para o Joãozinho e a Mariazinha. E justamente essa divagação é que fascina. A
arte de discordar faz a diferença ser discutida, entendida e amplificada.
Em
méritos de conclusão, gosto de deixar minha reflexão diária, de que o diferente
é bonito e é justamente a diferença que faz o mundo ser tão interessante quanto
realmente é. Abrace a diferença, sinta a diferença, respeite a diferença...
seja a diferença.
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