Em um dos meus dias de férias, acordo já cansado, com
vontade de ficar mais 3 horas na cama, mesmo se perder o sono. Mas já era
tarde, três da tarde, e eu tinha um compromisso, apesar de serem férias, e
precisava levantar. Abri a folha da janela do quarto que vetava a luz e minha
visão para o mundo lá fora.
Céu cinzento, chuviscando e um frio que me
empurrava de volta para a cama. Mas precisava mesmo ficar acordado.
Enquanto comia algo, tomava banho e arrumava minhas coisas
para sair, percebi que o chuvisco ia oscilando sua densidade. Então antes de
sair decidi apanhar meu guarda-chuva, já que poderia precisar de seu abrigo,
apesar de reconhecer o risco que sempre corro de perdê-lo como o fiz com outros
tantos.
Quando saio de casa olho para um poste que ilumina
fracamente a rua para conferir a intensidade da chuva. Sim provavelmente irá me
molhar a ponto de incomodar. Abro o guarda-chuva e começo minha caminhada.
Esbarro com o meu abrigo no de outras pessoas que dividem a calçada comigo e
começo a perceber a quantidade de pessoas com suas sombrinhas e afins. Mas,
após uns três quarteirões, já avisto pessoas andando calmamente sem proteção
para a água que cai do céu.
Olho mais uma vez para a lâmpada de um poste e vejo que a
chuva não parou, apenas está mais branda. Também noto que o barulho das gotas
que pingam sobre a lona não é tão pesado, na verdade não condenaria alguém se
dissesse que não faziam barulho. Recolho a parte aberta do meu escudo e não me
incomodo mais com a pouca água que cai, apesar de ainda estar chovendo.
Nesse instante penso em várias coisas que ainda existem, não
percebemos quando, ou se, mudam, mas em alguma parte do caminho deixamos apenas
de nos importar.
E com o guarda-chuva fechado em mãos sigo meu caminho.
Um comentário:
Então a onda agora é concatenar os textos uns dos outros? Massa!!
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