sexta-feira, 27 de julho de 2012

Enquanto não chove



Em um dos meus dias de férias, acordo já cansado, com vontade de ficar mais 3 horas na cama, mesmo se perder o sono. Mas já era tarde, três da tarde, e eu tinha um compromisso, apesar de serem férias, e precisava levantar. Abri a folha da janela do quarto que vetava a luz e minha visão para o mundo lá fora.
 Céu cinzento, chuviscando e um frio que me empurrava de volta para a cama. Mas precisava mesmo ficar acordado.

Enquanto comia algo, tomava banho e arrumava minhas coisas para sair, percebi que o chuvisco ia oscilando sua densidade. Então antes de sair decidi apanhar meu guarda-chuva, já que poderia precisar de seu abrigo, apesar de reconhecer o risco que sempre corro de perdê-lo como o fiz com outros tantos.

Quando saio de casa olho para um poste que ilumina fracamente a rua para conferir a intensidade da chuva. Sim provavelmente irá me molhar a ponto de incomodar. Abro o guarda-chuva e começo minha caminhada. Esbarro com o meu abrigo no de outras pessoas que dividem a calçada comigo e começo a perceber a quantidade de pessoas com suas sombrinhas e afins. Mas, após uns três quarteirões, já avisto pessoas andando calmamente sem proteção para a água que cai do céu.

Olho mais uma vez para a lâmpada de um poste e vejo que a chuva não parou, apenas está mais branda. Também noto que o barulho das gotas que pingam sobre a lona não é tão pesado, na verdade não condenaria alguém se dissesse que não faziam barulho. Recolho a parte aberta do meu escudo e não me incomodo mais com a pouca água que cai, apesar de ainda estar chovendo.

Nesse instante penso em várias coisas que ainda existem, não percebemos quando, ou se, mudam, mas em alguma parte do caminho deixamos apenas de nos importar.

E com o guarda-chuva fechado em mãos sigo meu caminho.

Um comentário:

Wolv disse...

Então a onda agora é concatenar os textos uns dos outros? Massa!!