A mão dele desliza pela pele macia, o nervosismo faz com que os pelos se arrepiem e o corpo dela esquenta esperando pelo próximo toque.
Enquanto isso na boca, ela morde suavemente os lábios e saliva procurando por mais um beijo.
Nada de mundano pode alcançá-los agora.
O tempo se revela como uma ilusão e desmancha na magia sutil que invade o quarto como uma onda.
Segundos, minutos e horas. Nada disso importa enquanto os corpos se tocam e dão forma a aquilo que não pode ser explicado.
Enquanto estiverem nessa dança, palavras não serão necessárias.
Olhares, sorrisos e movimentos. Estes serão os únicos e verdadeiros instrumentos de comunicação que serão aceitos naquele lugar.
A razão percebe que está perdendo terreno e usa de suas armas mais vis para tentar impedi-los de permanecer nos domínios de Vênus, utilizando-se de dúvidas e questionamentos ela pretende os fazer exitar perante esse prazer sem limites que ambos estão provando.
Do seu trono de rosas sem espinhos, Afrodite sorri e protege o jovem casal de tais artimanhas enquanto mostra o porque Netzach significar Vitória.
Para conseguir aproveitar o momento é preciso se render, e eles se rendem.
E quando se rendem, eles vencem.
Dois corpos são feitos um e se movimentam cada vez mais forte até alcançarem aquele estado magnificamente bem descrito pelos franceses como la petite mort, a pequena morte.
Após tudo isso Afrodite cobra o seu preço pela estadia em seus domínios e ambos caem cansados, mas com a certeza que poderão visitar aquele lugar novamente em breve.
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